O chocolate é um alimento proveniente do processamento das sementes do cacau e é considerado atualmente um das grandes fontes alimentares de polifenóis, contribuindo de forma muito significativa na dieta para a ingestão destes potentes compostos antioxidantes. O cacau também apresenta maior capacidade antioxidante e teor de flavonoides quando comparado aos chás e ao vinho tinto.
O ácido oleico presente no cacau e o ácido esteárico que é metabolizado no nosso corpo em ácido oleico também possuem um efeito neutro nos níveis de colesterol sérico.
O chocolate ao leite apresenta uma concentração de flavanol menor que o cacau em pó e o chocolate amargo (isso ocorre porque o percentual de cacau envolvido no preparo dos diferentes tipos de chocolate não é igual) e em diversas literaturas o chocolate branco nem é considerado chocolate pois na sua composição só há 4% de cacau (só há a manteiga de cacau na composição).
O cacau era utilizado de forma terapêutica pelos maias e astecas como estimulante, pomada analgésica e bebida energética e suas primeiras evidências epidemiológicas com relação ao efeito do cacau foram observadas nos índios Kuna,
uma população nativa de ilhas da costa do Panamá. Os índios desta região apresentam baixa
incidência de HAS, apesar do envelhecimento.
Interessantemente, estes índios consomem
diariamente grandes quantidades de cacau,
apesar de apresentarem uma dieta rica em sal
(cloreto de sódio). Além disso, apresentam
menor taxa de mortalidade por doença cardiovascular, quando comparados com outros
cidadãos pan-americanos.