Metabolismo do Ferro

em quarta-feira, 10 de junho de 2020


ferro

Este mineral tão importante na nossa vida e principalmente na gestação merece uma atenção especial, visto que alterações no processo de absorção e estoque do Ferro pode acarretar tanto na deficiência como no seu acúmulo, por isto, é importante que haja um sincronismo perfeito entre absorção, utilização e estoque para manter o equilíbrio deste metal no corpo.
O Ferro além de ser um mineral vital para a homeostase celular é essencial para o transporte de oxigênio para as células, para a síntese de DNA e metabolismo energético. Na gestação a necessidade deste mineral se torna o dobro devido as quantidades requeridas pelo feto, principalmente após o primeiro trimestre da gestação.
A deficiência de Ferro causa diversas consequências para todo o organismo, porém, a anemia é uma das manifestações mais relevantes. O acúmulo ou excesso de Ferro é extremamente nocivo para os tecidos, pois promove síntese de espécies reativas de oxigênio que são tóxicas e lesam proteínas, lipídeos e DNA. A homeostase deste mineral vai permitir a manutenção das funções celulares essenciais e ao mesmo tempo evitar possíveis danos teciduais. Na homeostase do Fe, os mecanismos de excreção são menos envolvidos e eficazes do que os que regulam a absorção e distribuição, e neste processo diversas células, proteínas e hormônios encontram-se envolvidas.

aquisição do Ferro

Através da dieta, diariamente devemos consumir de 13mg a 18mg, destes, apenas 1mg a 2mg são absorvidas pelo nosso organismo. O consumo de alimentos como os ricos em vitamina C junto aos alimentos fontes de Ferro ajuda na absorção deste mineral e o consumo de alimentos ricos em cálcio, por exemplo, junto a refeição rica neste mineral dificulta sua absorção.
A quantidade de Ferro absorvida também é regulada pela necessidade do organismo, sendo assim, em algumas situações onde há a falta de Ferro ou o aumento da sua necessidade (gravidez, puberdade, entre outro) haverá uma maior absorção deste micronutriente.
Como a maior parte do Fe no organismo está associada a hemoglobina, a fagocitose e degradação de hemácias senescentes representam uma fonte importante deste micronutriente, então, essa quantidade de Fe reciclado é suficiente para conseguir manter a necessidade diária deste mineral para a eritropoieses.
O transporte do Fe pelo plasma é realizado pela transferrina, que além de solubilizar o Ferro atenua a sua reatividade e facilita a sua liberação para as células.




homeostase do ferro

Para evitar o excesso do Ferro livre ou a falta dele dentro da célula as proteínas reguladoras deste mineral controlam a expressão pós-transcricional dos genes moduladores da captação e estoque do Fe.
Existe também a regulação sistêmica, onde normalmente o Fe é eliminado do organismo pelas secreções corpóreas, descamação das células epidermais ou sangramento menstrual. Entretanto, nosso organismo não possui um mecanismo específico para eliminar o excesso de Fe absorvido ou acumulado após a reciclagem deste mineral pelos macrófagos. Deste modo, o controle do equilíbrio do Ferro requer uma comunicação entre os locais de absorção, utilização e estoque.

Referências bibliográficas:
Metabolismo do Ferro: uma revisão sobre os principais mecanismos envolvidos em sua homeostase. Helena Z. W. Grotto. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842008000500012

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